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sábado, 23 de maio de 2009

Abordagens de Nada

Nada é um pronome indefinido, singular, masculino. Significa coisa nenhuma, o que não existe, o não-ser, denuncia uma fragilidade.

Vários filósofos reflectiram sobre o tema, nenhum o aprofundou verdadeiramente e de momento necessito de trabalha-lo, não como filósofa que não o sou, não sei se de forma profunda, mas de forma que me leve a algum lugar.

Segundo os filósofos gregos, o nada é a negação do ser, e é esta a definição dos dias de hoje em qualquer dicionário.

Mas para quê e como se nega o ser?

Platão -
levanta precisamente esta questão, que função pode "o nada" desempenhar na concepção do ser.

Aristóteles -
afirma que "nada" é já em si uma afirmação de não ser.

Kant -
parte da filosofia transcendental que supõe que o conceito de nada esteja divido entre o possível e impossível, aplicando-se conceitos categoriais e de acordo com cada um deles há vários tipos de nada.

Hegel -
afirma que o ser e o nada são indeterminados; Ao esvaziar-se o ser de toda a referência percebe-se que o ser e o nada são a mesma coisa.

Bergson -
a ideia de nada é uma pseudo-ideia, na medida em que suplanta um ser por outro ser; A representação de um objecto como não existente acrescenta á ideia de objecto a ideia de exclusão desse mesmo objecto.

Heidegger -
contraria as ideias anteriores de que o nada é a negação do ser e afirma que o nada é o elemento que permite a sustentação do ser; Este nada descobre-se na têmpera da angústia.

Sartre -
Sustenta as afirmações de Heidegger e corrigia-se quando defende que o ser pelo qual o nada vem ao mundo deve ser o seu próprio nada; Para ele o problema da liberdade condiciona o aparecimento do nada.

Aristóteles trabalhou o nada do ponto de vista do ser, Platão trouxe-nos a função, Hegel a essência, Bergson a problemática da representação, Heidegger a existência, Kant categoriza, e Sartre sustenta a existência e enfatiza o problema da liberdade.

Ficámos com uma ideia das abordagens distintas, do nada adoptadas pelos nossos filósofos estas abordagens são, em alguns casos, até contraditórias.

Proponho num futuro próximo trabalhar de uma forma lógica e sempre que possível criativa, todas estas ideias.

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